sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fantasma

Um fantasma apaixonou-se por mim. Não o aceitei. O fantasma então materializou-se, e eu apaixonei-me por ele. Mas éramos os dois, talvez, demasiado reais. Os fantasmas devem ter medo da realidade. E então ele fugiu. Talvez em busca de algo que não fosse concreto. Os fantasmas, presumo, não foram feitos para as relações.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Saudade

Sinto saudades tuas. E nada me ocorre que seja mais egoísta para te dizer. A saudade não é empática. É autocomiserativa. Na saudade, não é contigo que me preocupo, mas comigo. Com o vazio que a tua ausência me provoca.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Albireo

Tu e eu. Como Albireo. Uma só estrela, se observada à vista desarmada. Mas, na verdade, duas estrelas. Diferentes. Contrastantes. Orbitando em torno uma da outra.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Realizar

Tornar real. O homem só se sente realizado quando realiza. E há tanto que se pode realizar. Até uma ideia, mesmo que sem qualquer aplicação prática, é já uma realização.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sonho

A vida é sonho. Não no que nele tem de ilusão, mas no que tem de ambição.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Leitura

Ser-se Homem significa, sobretudo, ser-se um agente intencional sobre o mundo. Foi por isso necessário inventar a palavra: para agir sobre a intencionalidade do outro. Mas existe também uma intencionalidade na interpretação da palavra, que leva, em última instância, a que não seja a palavra do outro o que nos afecta, mas sim nós próprios que decidimos de que forma somos afectados. Porque para a compreensão é necessária a identificação. Leio, não o que o outro escreveu, mas sim o que eu poderia ter escrito.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

domingo, 19 de setembro de 2010

Impossível

O amor existe, talvez, quando queremos o impossível. E esperamos, apesar de tudo, que o não seja.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Quid

Sinto-me mais só, desde que te conheci. O que me faz agora questionar se a procura da solidão era, não uma forma de me encontrar, mas uma forma de te esquecer.