quinta-feira, 30 de junho de 2005

Luto

É perante a liberdade que nos surge a sensação de desorientação. Que fazer depois de todos os obstáculos estarem derrubados? Necessitamos, pois, de novas prisões, para delas nos libertarmos. É isso o que nos mantém ocupados, o que nos dá a ilusão de vivermos.

(É talvez por isso que a morte de Emídio Guerreiro nos não sensibiliza tanto quanto a morte de Álvaro Cunhal. Enquanto este empenhou a sua liberdade para se legitimar, o primeiro quis conquistar a liberdade porque acreditava na legitimidade do homem)