É claro que estás vivo. A qualquer momento posso cruzar-me contigo numa qualquer rua, num qualquer bar. E por vezes cruzo-me, ainda que te não fale. Mas, afinal, nunca empreendemos grande diálogo entre nós, e eu só sei o teu primeiro nome. Estás vivo porque me lembro de ti, e nada há de metafísico nisto.
sábado, 30 de abril de 2005
terça-feira, 26 de abril de 2005
Inferno
A intenção é a mediação entre a vontade e a acção. Que devemos então julgar? O acto que se não funda na vontade? A vontade que não chega a ter expressão? O esforço de conciliar a vontade e a acção? De que está o inferno cheio?
quarta-feira, 20 de abril de 2005
segunda-feira, 18 de abril de 2005
Absoluto
Existe em nós uma necessidade absoluta de absoluto: deus, o outro ou eu.
Porque quando estás na minha presença, as minhas opiniões, as minhas acções, as minhas vontades não são significantes. Tu és o absoluto.
Porque é na tua ausência, na presença de mim a mim próprio, que sei e que ajo e que vivo. Eu sou o absoluto.
Porque quando estás na minha presença, as minhas opiniões, as minhas acções, as minhas vontades não são significantes. Tu és o absoluto.
Porque é na tua ausência, na presença de mim a mim próprio, que sei e que ajo e que vivo. Eu sou o absoluto.
sexta-feira, 15 de abril de 2005
quarta-feira, 13 de abril de 2005
segunda-feira, 11 de abril de 2005
Comunidade
A sanidade mental é a loucura partilhada. Porque a verdade é apenas a ordem comum, mas esta é tão arbitrária como qualquer outra.
domingo, 10 de abril de 2005
Deuses
O homem descobriu-se enquanto deus porque reconheceu que o seu acto, o produto da sua vontade, é absoluto, livre, espontâneo. Mas o homem é demasiado fraco para suportar a sua própria divindade, e assim foi inventando outros deuses a quem se submeter, e a quem atribuir a responsabilidade dos seus actos.
sexta-feira, 8 de abril de 2005
Passividade
Actuar é tornar actual. Se existes, és tu próprio também um acto. A autodeterminação é condição inerente de tudo quanto possas ter ideia. A passividade não existe.
terça-feira, 5 de abril de 2005
Obsessão
Que queres que faça? Que seja indiferente perante ti? Que não goste de ti? Existem possibilidades que não fazem parte do meu leque de opções.
segunda-feira, 4 de abril de 2005
Literatura
De que nos serve a literatura se tudo o que vale a pena é incomunicável? Porque aquilo que digo não é aquilo que intento, nem aquilo que interpretas, mas a própria coisa dita, que é irredutível.
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