sábado, 25 de setembro de 2004

Retratos

Há, no contacto com retratos em movimento, uma aproximação à existência e um afastamento da realidade. Porque não são sinónimos. Quando nos sentimos existir, não o ligamos a uma imagem exterior, mas a uma vivência intelectual. Descobrir os nossos movimentos, as nossas expressões, é descobrir que existimos no mundo. Mas na observância deste mundo apenas descobrimos a mecânica dos gestos. Lança-se, pois, novamente a questão do que somos e porque o somos. A imagem é o retrato do que representamos.


Sobre CHANT portraits, de Luciana Fina