quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

Limitações

O nosso interesse sobre determinada área está na directa relação com as capacidades que evidenciamos, ou que nos parecem evidentes, nela. Mas de onde nos surgem estas capacidades? Serão genéticas, inatas, circunstanciais? Serão resultado de uma nossa obstinação, vontade, imposição? Por outro lado é impossível contornar o discurso sobre as limitações. Porque das nossas capacidades nos dizem limitadas, e é quando estas limitações nos interferem na acção que as capacidades se findam. Mas de que limitações falamos? Genéticas, inatas, circunstanciais? Ou aquelas que pretendemos para maior comodidade? Porque quem conheceu os seus limites, conheceu a morte. Mas a morte pela acção da realização, e não a morte pela desistência. Quem se atreve, então, a afirmar que conhece os seus limites? Admitimo-los existentes para que a vida nos seja mais fácil em descanso e angústia (o paradoxo é apenas aparente). E é só.